Há
25 anos acordei com a notícia do incêndio. Dramático!
Com
aquele instinto que bate forte na grande maioria de quem possui câmara fotográfica,
e bem mais presente hoje que então, ponderei zarpar para Lisboa e ir
fotografar. As credenciais da profissão que possuo certamente me dariam acesso
ao locais mais “quentes”, sendo-me possível fazer imagens de relevo e, quiçá, únicas.
Únicas no mundo da fotografia e únicas na minha vida.
Ponderei
e não fui.
Se,
por um lado, não sou feito do estofo dos foto-repórteres, por outro, e mesmo
que conseguisse ultrapassar as barreiras de segurança criadas, iria certamente
mais atrapalhar quem ali estava naquele espaço exíguo que fazer algo de útil.
Do
fogo que destruiu o Chiado há 25 anos não tenho troféus. Excepto, talvez, este
imaterial de saber que há coisas bem mais importantes na vida que a fotografia.
By me
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