sexta-feira, 9 de agosto de 2013

O gelado



Numa daquelas lojas de carne picada no pão, com molhos hiper-calóricos, colas a copo e batatas que talvez o tenham sido, cujo nome se espalha por todos os continentes e que foi apelidada de ícone do imperialismo (talvez que o seja) uma senhora senta-se com duas crianças.
Na mão um tabuleiro contendo dois copos de gelado, daqueles que serão de morango, ou frutos silvestres ou quejando. O meu era de chocolate.
Os olhos dos catraios, ele com uns sete anitos, ela talvez com menos dois, brilhavam mais que o sol, com sorrisos quase maiores que as caritas. E a distribuição foi equitativa por pesos: uma para a senhora, o outro a dividir pelos petizes.
Depois de abrir o saquinho da colher higienizada, e antes de a mergulhar na fresca e apetitosa mistela, diz o garoto:
“Obrigado mãe.”


Foi bonito de ver e muito mais de ouvir!

By me

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