sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Ser ou não ser não é a questão



Ser criativo não é, forçosamente, ser diferente dos outros.
Ser criativo é imaginar algo, vindo de dentro e com as influências naturais do ser humano e da cultura, e colocar isso mesmo em prática.
Nos tempos que correm, na nossa sociedade e respectiva cultura, não é possível não conhecer o trabalho de terceiros. E, com esse conhecimento, não sofrer dele influências.
E se no séc. XIX era possível haver gente a criar a mesma coisa em pontos diferentes do globo, sem que soubessem uns dos outros, hoje, com a globalização e as auto-estradas da comunicação, isso é quase impossível.
A probabilidade de se fazer algo ou seguir um trilho original à escala mundial é cada vez menor.
A criatividade está em saber aproveitar as inúmeras influências que se tem e criar algo que, não tendo por objectivo ser original, seja oriundo de dentro do próprio.
Encontrar quem nos pague para fazer isso é bom. Mas encontrarmos satisfação nisso é muito melhor.
A competitividade, e vemo-lo na economia e no desporto, mede-se hoje em fracções de segundo e gráficos coloridos. Mas como se mede ou compara da harmonia de uma composição, de um jogo de acordes ou de riscos de luz?

Ser criativo é materializar os que nos vai na alma.  

By me

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