Já não quero falar
na impossibilidade de se embarcar num carro-eléctrico num sábado de Agosto. Para
além do guarda-freio, creio que mais ninguém fale português. P’lo menos de
origem que, e para além do enxame de carteiristas, os turistas não o fazem mais
que “obrigado”. E mal.
Bem mais difícil
que subir num destes transportes públicos, é conseguir embarcar no que tem como
paragem quase obrigatória a feira da ladra. Não sei algum local de romaria por
essa Europa fora (Torre Eifel, Torre de Londres, Ramblas, Prado ou Praça de São
Pedro) estarão tão fracamente servidas de transportes.
Claro que ir à
feira da Ladra em Agosto equivale a uma ida a uma sauna, com a desvantagem de
se estar vestido. Ele é o calor do estio, ele é o calor humano, ele é o calor
do discutir preços, ele é a emoção fervente de se encontrar “aquela” peça… Claro
que um alfacinha de gema sabe que se começa por cima e se vai descendo,
memorizando o quê, por quanto e quem vende o que nos interessa, fazendo um mapa
mental de onde interessa ir depois de tudo explorado.
Obviamente que
outro aspecto a ter em causa ao ir à Feira da Ladra em Agosto é ter-se o
cuidado de não levar sacos vazios connosco, para além de levar pouco dinheiro. Não
ter isto em linha de conta, uma coisa, a outra ou ambas, é querer regressar-se
com excesso de peso nos ombros e falta de peso na carteira. Voluntário ou não!
Mas o pior que nos
pode acontecer ao ir à Feira da Ladra em Agosto é ter que levar com um anúncio
destes enquanto se espera p’lo eléctrico (em plena hora de almoço já meio
vazio) no regresso.
Fica assim um
lembrete de algo a não fazer: ir à Feira da Ladra em pleno Agosto.
A menos que
queiramos regressar com pequenas preciosidades (tamanho e custo), a maioria das
quais inúteis que não para satisfazer o prazer de ter algo que será útil
algures no futuro mas que se não sabe quando.
By me
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