Dou
uma olhada nos jornais, versão on-line, de manhã. Nada que me surpreenda,
realmente.
As
habituais intrigas, desta feita com acusações de falsificação de documentos
oficiais, as ameaças de agudizar as condições de vida dos que já pouco podem
fazer por ela, relatos de figuras do jet-set, inconsequentes até à quinta casa…
Nada que não seja perfeitamente normal num verão morno e estupidificado, com
cada um aconchegado na sua zona de conforto e pouco borrifando para o que é e
está para vir.
Até
que tropeço, no jornal “I”, numa entrevista que leio de ponta a ponta. A Carlos
Mendes.
Tive
oportunidade de trabalhar com ele umas duas ou três vezes ao longo dos últimos
trinta e cinco anos, mas nunca foi pessoa cujo trabalho me despertasse
particular atenção. Nem pela positiva, nem pela negativa. Mas, na falta de
melhor no panorama informativo do dia…
Fiquei
agarrado com o fim da entrevista, que transcrevo, e que fracamente ilustro:
“Pergunta:
Essa é a mensagem que quer deixar aos jovens artistas?
Resposta:
Sim, e lembrem-se que é bom andar nas escolas, como o Conservatório Nacional,
por exemplo, mas a prática é tudo. A minha mensagem é que vão para a rua cantar
e pintar. As editoras já não servem, a vida trata de nos endireitar. Ocupem e
façam barulho.”
By me
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