Temos sabido – em primeira
mão porque lá estivemos, porque no-lo contaram ou porque vimos nos jornais ou
TVs – de que forma o povo Português se tem vindo a indignar e a manifestar essa
mesma indignação.
E temos visto ou
sabido de que forma essa contestação tem vindo a subir de tom.
Tal como temos
visto ou sabido as respostas do poder – político ou policial – a essas
contestações.
Sabemos que as
forças policiais ainda não esgotaram os seus recursos. Por exemplo, ainda não
vi ou soube da utilização de gás lacrimogéneo ou de canhões de água. Que
sabemos existirem.
Mas também
sabemos, porque o sentimos na pele ou porque o ouvimos dos conhecidos, que o
tom de contestação não atingiu, nem de longe, o limite que pode atingir.
Pergunto-me onde
estarão nessa altura os que hoje dizem, para as canetas e objectivas, que não é
admissível o quebrar da ordem pública. Quando são eles mesmos que criam as
condições para isso.
Quando um dia os
portões forem atravessados de fora para dentro, que dirão eles do que ficar
escorrendo nas escadas?
Que comam brioches?
By me
Sem comentários:
Enviar um comentário