A propósito de uma
conversa de hoje
Os antigos
Sofistas tinham por doutrina que todo e qualquer argumento pode ser refutado
por outro e que a efectividade de um dado argumento residia na sua aparência de
verdadeiro, mesmo que o não fosse.
Aprendi isto na
escola, algures no século passado, e fui agora confirmar.
É que eu “adoro”
Sofistas. Particularmente os contemporâneos.
Aqueles que hoje
defendem algo e amanhã exactamente o seu oposto com o mesmo entusiasmo.
O problema põe-se,
não ao nível do prazer intelectual que tal exercício pode proporcionar (e
proporciona) mas tão só em a mudança de pontos de vista depender em exclusivo da
conveniência do momento.
Temos lamentáveis exemplos
no campo da política, da economia, do partidarismo. Mas também, e igualmente lamentável,
no campo laboral.
O cúmulo do lamentável é quando o constatamos em quem menos esperamos.
Um destes dias
passo a adoptar esta atitude em público.
Claro que terei
que encontrar um caixote de lixo onde possa jogar fora as minhas próprias opiniões
e, o pior, a minha própria coerência intelectual.
Mas pondo isso de
parte, talvez seja um exercício divertido.
By me
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