sábado, 17 de novembro de 2012

A botica




Não é bem como na botica, mas é quase. Aqui em casa há um pouco de tudo. E, de algumas coisas, há de quase tudo.
E se há algo que faço questão de ter é adaptadores de tudo para tudo. Será difícil encontrar coisas que não possa ligar. Em vendo algo à venda que não tenha, quase que não descanso enquanto aqui não estiver, a meias com tudo o resto, numa de duas gavetas que tenho para o efeito. Algumas, tal como cabos, nunca as usei, que ainda não surgiu a oportunidade de lhes dar uso. Mas um dia…
Hoje foi um desses dias!
Tive, em tempos, uma drive “Zip”. Na época era o supra-sumo do arquivo portátil, tendo cada disquete a “soberba” capacidade de 100Mb. Não creio que alguém hoje saiba o que é isso, mas na altura era imenso!
De alguma forma a drive pifou e levou pó de sumiço. Sobraram-me quase que uma dúzia de disquetes, contendo trabalhos que levava para as aulas e exibir aos alunos. E, também com o tempo, esses trabalhos tornaram-se obsoletos: na forma de apresentar, nas resoluções empregues, até nos conteúdos dos textos.
Há umas duas para três semanas gente amiga disse-me ter uma drive em casa. “Boa! Empresta-ma para recuperar o que aqui tenho!” E assim foi.
O primeiro problema foi, desde logo, a cablagem: porta paralela (o meu PC ainda a tem) mas exigindo um cabo macho/fêmea. Os que vieram com a drive eram perfeitos mas apenas para ligar impressoras, não a drive. E os cabos que aqui tenho são todos macho/macho.
Valeu-me uma das minhas gavetas, com um adaptador “gender changer” fêmea/fêmea, que fez o serviço como se pretendia. Confesso que terá sido uma estreia, que não me recordo de o ter usado antes.
Tudo a funcionar na perfeição excepto…que a drive não reconhece nenhuma das minhas disquetes. Ou estão todas estragadas ao fim de tantos anos (quase vinte) ou há um problema de compatibilidade entre aquilo que esta drive consegue ler e o que está registado, ou a drive está mesmo avariada.
Para mim, o dano não é grande. Para além da meia frustração (acho que tenho cópia de tudo algures num CD), se esperei todos estes anos, posso esperar outro tanto.
Resta-me dar a má notícia a quem ma emprestou, propondo-lhe que faça um teste com o que possui para tirar teimas.
Quanto ao inversor de género, volta para gaveta, tal como os cabos para o caixote. Talvez que daqui a uns anos volte a ser necessário.
E, em tendo oportunidade, imprimo duas etiquetas para colar nas gavetas: “Botica”.

By me

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