segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Antes de tempo




Dezembro está à porta e, com ele, tudo o que se liga com o Natal:
Religiosidade, tradição, paz na terra aos homens de boa vontade etc.
Assim, decidi alinhar naquilo que grande parte dos meus concidadãos alinham: espírito natalício. Com a pequeníssima diferença que tentarei ser politicamente correcto.
Assim, e para estar de acordo com o que Sua Santidade o Papa veio agora dizer, no meu presépio não há nem vaquinhas nem burrinhos. Só uma ovelhinha que, ao que parece, não se sabe se estaria ou não.
Também para estar de acordo com a Santa Sé, mostro-o ainda antes de Dezembro. Parece que não há grande rigor no que diz respeito a datas (ano e dia), pelo que o meu vai já para que não digam que guardo tudo para a última hora.
Muito naturalmente, o meu presépio é pequenino. Estamos em época difícil, em que a ostentação e os luxos têm que ser deixados de fora. Não há dinheiro para gastar, não há presépios grandes!
Por fim, apresento-o de mão estendida. É o que eu vou fazendo, é o que muitos vão fazendo, mesmo que não em sentido figurado, é o que este país está todo a fazer: de mão estendida à caridade de quem passa ou de quem queira aproveitar para fazer a sua boa-acção do ano.

Depois desta chalaça toda, seria ocasião para mais uma: “Se é Natal quando um homem quiser, posso abrir já as minhas prendas?”
Pois não a vou usar, que este ano de prendas estamos mal, tanto eu mesmo quanto todos aqueles com quem as costumo trocar.

By me 

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