quinta-feira, 15 de novembro de 2012




Chego a casa a meio da tarde e vou dar uma olhada nos jornais on-line. No fim de contas, sempre pode ser que venha a saber algo que não tenha sido obrigado a ouvir. Quem sabe…?
Dos quatro jornais que vi, nas suas páginas de entrada, todos são coincidentes num aspecto. Refiro-me ao que sucedeu ontem, em Portugal e na Europa.
Tal como outras fontes de notícias, nenhum deles fala nas greves ou manifestações que sucederam em tudo ou quase que é país neste velho continente. É como a vidinha continuasse normal e nada de anormal tivesse acontecido.
E todos referem os confrontos entre polícia e manifestantes em Portugal.
No fim de contas, está certo! O poder é o poder, seja ele o primeiro, o segundo, o terceiro ou o quarto, seja resultante de sufrágio universal, de um colégio eleitoral elitista ou de tiragens e audiências.
Não convém, de forma alguma, demonstrar o quão os povos em geral e o português em particular estão desagradados e descontentes. Pelo menos, não convém dar mais ênfase a isso que à capacidade do poder instituído em manter-se como tal.
Diz a classe jornalística que a comunicação social é um dos pilares da democracia. Talvez o seja. Mas quando a voz da polícia é mais alta que a voz dos manifestantes e povo em greve, pode-se perguntar se esse pilar não terá os alicerces bem podres.

By me 

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