Chego a casa a
meio da tarde e vou dar uma olhada nos jornais on-line. No fim de contas,
sempre pode ser que venha a saber algo que não tenha sido obrigado a ouvir.
Quem sabe…?
Dos quatro jornais
que vi, nas suas páginas de entrada, todos são coincidentes num aspecto. Refiro-me
ao que sucedeu ontem, em Portugal e na Europa.
Tal como outras
fontes de notícias, nenhum deles fala nas greves ou manifestações que sucederam
em tudo ou quase que é país neste velho continente. É como a vidinha
continuasse normal e nada de anormal tivesse acontecido.
E todos referem os
confrontos entre polícia e manifestantes em Portugal.
No fim de contas,
está certo! O poder é o poder, seja ele o primeiro, o segundo, o terceiro ou o
quarto, seja resultante de sufrágio universal, de um colégio eleitoral elitista
ou de tiragens e audiências.
Não convém, de
forma alguma, demonstrar o quão os povos em geral e o português em particular
estão desagradados e descontentes. Pelo menos, não convém dar mais ênfase a
isso que à capacidade do poder instituído em manter-se como tal.
Diz a classe
jornalística que a comunicação social é um dos pilares da democracia. Talvez o
seja. Mas quando a voz da polícia é mais alta que a voz dos manifestantes e
povo em greve, pode-se perguntar se esse pilar não terá os alicerces bem podres.
By me
Sem comentários:
Enviar um comentário