Pergunto-me se os órgãos
de comunicação social deste país serão membros do Instituto Nacional de Sangue.
Do que aconteceu ontem,
em todo o país e além fronteiras, as parangonas hoje são dedicadas a desacatos
acontecidos em Lisboa. Em frente à representação do FMI e em frente ao
Parlamento.
Uma cidade e
envolvendo, na pior das hipóteses, poucas centenas de portugueses. Quatro
detidos. Um jornalista ferido.
De todos os
outros, dos mais de seiscentos mil que desfilaram e mostraram a sua vontade em
mais de trinta cidades em território nacional, mesmo naquelas cidades pequenas
onde dar a cara é particularmente complicado, porque todos se conhecem (citando
alguém que vive numa) hoje já é notícia de ontem, fria e requentada.
Fico, assim, sem
saber ao certo se o que contam e como o contam se prende com o desejo de
minimizar a mobilização nacional de ontem, fazendo tábua rasa dos
acontecimentos e em linha com vontades politicas ou se se preocupam,
principalmente, com o vermelho sangue que os menos que mini tumultos podem
significar nas páginas de abertura e com o que isso significa de tiragens e
audiências.
By me
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