Não vale a pena
estarmos com ilusões!
A actual convulsão
que está a atravessar o país não se deve, em exclusivo, à malfadada questão da
TSU.
Claro que essa será
a questão próxima. Até porque toca nos bolsos de todos. Não se trata de aquilo
que se compra ser mais dispendioso: receber-se-á menos dinheiro mensalmente, o
que obriga a outras formas de ginástica mensal.
O que está mesmo
em causa, que levou toda aquela gente às ruas dia 15 e levará mais vezes, é a
sensação real de desnível social.
Que o dinheiro é
pouco sabemo-lo todos. E, melhor ou pior e desde que não falte de todo na mesa,
podemos viver com isso. Aquilo que se não aceita de forma alguma é passar do
bife para salsicha, desta para a meia sandocha de marmelada e ver que aqueles
que nos levam a isso continuam a ter a mesa farta.
O que está mesmo
em causa, dêem-lhe o nome que quiserem, é uma luta de classes, agora levemente
desvirtuada, entre aqueles que trabalham e a quem é cobrada a mais-valia do seu
trabalho e uma nova classe dirigente elitista que tudo vai fazendo por manter o
seu posto.
No fundo, é aquilo
que tem acontecido ao longo de séculos.
E no que respeita
a democracia, representativa ou participativa, há que não esquecer duas coisas:
O conceito de “democracia”
foi criado na Grécia antiga, uma sociedade esclavagista;
São raros os
democratas de barriga vazia.
By me
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