Uma boa parte dos
portugueses está particularmente desagradada com a situação que actualmente
vivemos.
Refiro-me à forma
como o estado está a tratar os cidadãos em termo económicos, às respectivas consequências
nos relacionamentos sociais, às perspectivas de futuro – ou falta dele – que muitos
sentem…
A vontade de
mudança é grande e, naturalmente, começa pela parte mais visível do estado, que
é o governo. Ainda que estado e governo não sejam o mesmo, mas todos o
confundem.
Neste momento
muitos são os que apoiaram a actual coligação parlamentar e que dela discordam.
O sentido de voto mudou, notoriamente, nos últimos quinze meses. Desviando-se
dos partidos da coligação para o outro partido com grande número de lugares no
Parlamento.
Aquilo que os
cidadãos agora descontentes esquecem – e a memória popular é muito curta – é que
essa alternativa à actual maioria parlamentar é exactamente a que lá estava
antes desta. Tão responsável pelo actual estado do país quanto esta.
Aliás, observando
a história do país, os resultados eleitorais para o parlamento nos últimos 36
anos têm alternado entre dois grandes grupos político-partidários.
Não se pode,
assim, atribuir culpas exclusivas - ou eximir de culpas - nem uma nem outra nem
outra das formações partidárias em causa.
Se a análise da
história recente de Portugal me não conduzisse a esta opinião, o simples facto
de ouvir uma entrevista ao líder da principal força de oposição parlamentar no
momento, feita ontem, levar-me-ia à mesma opinião.
Usando de outras
palavras, com outro tom e outra postura, a única conclusão que consigo retirar é
que se trata de “farinha do mesmo saco”.
Deixo assim o
aviso àqueles que, como eu, não conseguem gostar do que nos está a ser feito e
que querem que algo realmente mude:
Se algo realmente
acontecer e se forem chamados a votar a breve trecho, não deixem que outros
repitam os erros do passado.
Que se for para
mudar, então que se mude mesmo e não apenas as moscas!
By me
Sem comentários:
Enviar um comentário