terça-feira, 18 de setembro de 2012

Mudanças




Uma boa parte dos portugueses está particularmente desagradada com a situação que actualmente vivemos.
Refiro-me à forma como o estado está a tratar os cidadãos em termo económicos, às respectivas consequências nos relacionamentos sociais, às perspectivas de futuro – ou falta dele – que muitos sentem…
A vontade de mudança é grande e, naturalmente, começa pela parte mais visível do estado, que é o governo. Ainda que estado e governo não sejam o mesmo, mas todos o confundem.
Neste momento muitos são os que apoiaram a actual coligação parlamentar e que dela discordam. O sentido de voto mudou, notoriamente, nos últimos quinze meses. Desviando-se dos partidos da coligação para o outro partido com grande número de lugares no Parlamento.
Aquilo que os cidadãos agora descontentes esquecem – e a memória popular é muito curta – é que essa alternativa à actual maioria parlamentar é exactamente a que lá estava antes desta. Tão responsável pelo actual estado do país quanto esta.
Aliás, observando a história do país, os resultados eleitorais para o parlamento nos últimos 36 anos têm alternado entre dois grandes grupos político-partidários.
Não se pode, assim, atribuir culpas exclusivas - ou eximir de culpas - nem uma nem outra nem outra das formações partidárias em causa.
Se a análise da história recente de Portugal me não conduzisse a esta opinião, o simples facto de ouvir uma entrevista ao líder da principal força de oposição parlamentar no momento, feita ontem, levar-me-ia à mesma opinião.
Usando de outras palavras, com outro tom e outra postura, a única conclusão que consigo retirar é que se trata de “farinha do mesmo saco”.

Deixo assim o aviso àqueles que, como eu, não conseguem gostar do que nos está a ser feito e que querem que algo realmente mude:
Se algo realmente acontecer e se forem chamados a votar a breve trecho, não deixem que outros repitam os erros do passado.
Que se for para mudar, então que se mude mesmo e não apenas as moscas!

By me

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