quinta-feira, 28 de julho de 2011

Sons na madrugada



Esta é a quarta opção.
Se preferirem, chamem-lhe a solução de recurso.
Tudo começa por um telemovel, que me põe um galo a cantar na mesa-de-cabeceira.
Segue-se-lhe um rádio despertador, que faz piii-piii-piii e não música, que dela gosto, estrategicamente colocado aos pés da cama. Tenho que me pôr de pé para o desligar.
O terceiro nível é um pequeno relógio de pilha, mesmo ao lado da minha orelha, e que agora está a necessitar de pilha nova, que já toca baixinho.
Por fim, este outro, na outra ponta do quarto.
Todos desfasados uns dez minutos uns dos outros.
Acredito que os meus vizinhos me agradecem encarecidamente por eu conseguir reagir logo ao galo cantante e sair de imediato da cama, desligando tudo quanto é coisa.
É que se fosse ao contrário, com eles a acordarem a esta hora, também eu os cumprimentaria com um rasgadíssimo sorriso de cada vez que com eles me cruzasse.

Texto e imagem: by me

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