sexta-feira, 8 de julho de 2011

Fórmula qualquer coisa - a trafulhice



Estes fulanos sabem quase tanto do seu ofício quanto eu sei do meu (certo, estou a ser presunçoso!)

Veja-se este carrinho, dito “miniatura de um formula 1”.
Vende-se nos cafés e pastelarias, com uns doces agarrados para que se possa dizer que o carrinho é oferta. Claro que estão colocados na parte mais baixa dos expositores, e logo à entrada, para que os catraios fiquem embevecidos a olhar para eles e chateiem os pais até à medula para que os comprem. E, em tal acontecendo, nem se preocupam um pouco com os “rebuçados”, que o que interessa mesmo é o carrinho.
Claro que isto são as técnicas de venda. Agora por parte do fabricante…
Repare-so com tem escrito a palavra “machine”, e com o mesmo tipo de letra e cores, onde estaria escrito, nos reais, a palavra “Marlboro”. E como tem escrito a palavra “speed”, igualmente com o mesmo tipo de letra, cores e desenho, onde deveria aparecer o logótipo da “Shell”. Escapa, que eu identifique, o símbolo da “Ferrari”, aqui adulterado, e um outro que me parece ser uma corruptela do da “Vodafone”.
E se eu, que não ligo ao automobilismo, de imediato vejo as semelhanças, os pimpolhos que em casa vêem os pais a acompanharem as transmissões de fórmula 1, e que não sabem ler, vão na conversa como se de gente grande se tratasse.
E o fabricante, muito naturalmente, nada paga às marcas aqui semi-copiadas, porque não as exibe nem delas se “aproveita”.

No meio de todas estas jogos o que é mesmo triste é que as crianças a quem estas coisas se dirigem não terem o anseio de possuírem este brinquedo. Apenas ficam sugestionadas, com a cobiça momentaneamente aguçada, ao ali verem um brinquedo que sabem poder vir a ser delas se chatearem qb os adultos. Meia hora depois, uma hora com boa-vontade, já não lhe prestam atenção.
Consumismo no seu melhor, dirigido a quem dele não se sabe proteger. O que, no fundo, não faz diferença nenhuma, que os adultos também dele não se defendem!

Texto e imagem: by me

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