sábado, 16 de julho de 2011

Aquilo que não nos contam



É assim que se formam opiniões públicas, com a divulgação de apenas parte da realidade.
O artigo é o que se pode ler abaixo. Aquilo que ele não refere é que esses mesmos “funcionários públicos” incluem os médicos, enfermeiros e restante pessoal que nos atendem e ajudam quando recorremos em emergência a um hospital, por exemplo. Ou os professores e demais pessoal não docente que ensinam e cuidam dos nossos filhos. Ou os polícias e guardas que patrulham ruas e nos ouvem nas esquadras e estradas quando nos queixamos de um crime ou acidente. Ou juízes, escrivães e demais que julgam e mandam executar penas quando nos sentimos injustiçados na vida. Ou os guardas que mantêm atrás de grades os criminosos. Ou os tripulantes de ambulâncias que acorrem rápido quando a nossa saúde está em risco. Ou os gloriosos e gloriados militares que tripulam os helis de salvamento e evacuação, bem como dão o corpo ao manifesto em missões “de paz” lá fora.
Estes são os tais “mais de 100.000 funcionários públicos”.

O artigo, retirado do jornal “Diário de Notícias”:

“Funcionários públicos ganham 500 euros acima da média
O Estado gasta 2,75 mil milhões de euros com 101.426 funcionários por ano.
O "Jornal i" escreve que ter mais ou menos 500 euros todos os meses na conta bancária faz toda a diferença para a maioria das famílias. E 502 euros é a distância entre o ordenado médio de um português no sector privado (884 euros) e na administração pública (1386 euros). Por ano, o Estado paga 1,97 mil milhões de euros com os vencimentos base de mais de 100 mil funcionários. O valor é o equivalente, por exemplo, àquele que os turistas deixaram em Portugal nos primeiros quatro meses do ano.
Os encargos anuais com recursos humanos, contudo, ultrapassam os 2,75 mil milhões de euros. É essa a despesa anual do Estado com salários e subsídios, prémios, abonos ou suplementos - e que equivale, por exemplo, aos lucros que a cadeia IKEA obteve o ano passado com as vendas em todo o mundo ou aos prejuízos que a aviação mundial estima vir a ter este ano com a subida do preço do petróleo.”

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