Quando, em vez de no asfalto, é na alma que se abre o buraco, de pouco adianta enche-lo com pedras e entulho, ou mesmo chamar os ineficazes serviços municipais.
Mas sendo que esses buracos não são resolvíveis, como os das faixas de rodagem, uma de duas soluções são possíveis:
Deixarmo-nos afundar nele, tentando ficar coma cabeça de fora e evitar ficarmos afogados nas mágoas;
Ou tentar optar por outros caminhos. Não os tapamos, não os fazemos desaparecer, mas sempre evitamos neles ficar, fazendo com fiquem ali algures, num daqueles caminhos que existem mas não percorremos.
Por vezes a vida confronta-nos com partidas, que não de mau gosto.
Tento confrontá-las com fotografia e bom-humor. Este não se vende nas farmácias nem centros comerciais. Aquela, bem… é uma questão de prática, que nos vai garantindo a lisura do caminho. Sem buracos ou partidas!
Texto e imagem: by me
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