domingo, 10 de julho de 2011

... e a vida sorri!



Domingo, cá no meu bairro, é dia de caça.
Não de espingardas e cheiro a pólvora e sangue. Mas de missais e cheiro mofo e incenso.
Da parte da manhã espalham-se pelo bairro pares de catequistas, de várias idades, géneros e cores, e, seja lá qual for a sua confissão, vão a casa dos que sabe ser crentes, ou quase, ou ficam pelas esquinas abordando alguns dos que passam. Ainda que eu nunca tenha percebido qual o critério nessas abordagens.
E com uma mão partilhada entre a bíblia e algumas revistas da especialidade por eles editada, segurando com a outra uma pasta, em regra preta, vão fazendo aquilo que querem e em que acreditam: tentar convencer os descrentes e pecadores da sua mensagem e salvação da alma.
Fica-me uma dúvida, para a qual não creio que alguma vez encontre ama resposta cabal:
Se estão a fazer aquilo que querem e gostam, porque motivo nunca os vi rir ou mesmo sorrir?
Triste fé e destino devem ser o deles.

Por mim, que não sou crente, o mundo e a vida sorriem-me todos os dias de manhã, desde que possa fazer uma de duas coisas: fotografar ou beber um café, bem cheio. As duas, de preferência.
A partir daqui, nem que chovam canivetes e os governos continuem a cair, a vida sorri porque eu quero!

Texto e imagem: by me

1 comentário:

Anónimo disse...

O mundo que o deus deles criou ficou muito imperfeito, tanto que são precisos ajudantes de palco para desencadear as palmas. Tendo sido feito em 6 dias, não é de admirar!

Uma vez deixei uma a pensar quando lhe disse que se houvesse algum valor real no que a sua doutrina prega esta já teria tido a adesão geral e não precisaria de mais de 2000 anos para se impor.

Bispo