O gostar de meter conversa e dar corda com troco em lojas e
locais públicos tem recompensas. E eu sou um fala-barato.
Esta foi-me contada pelo dono de uma loja e fotocópias,
impressões rápidas e afins.
Uma senhora pediu para imprimir a fotografia do filho num
suporte plástico.
O trabalho, feito à frente da cliente, correu mal e ele
decidiu deitar fora o falhanço e fazer um novo.
Foi o “fim da picada”!
A senhora protestou e ficou ofendida por ter amachucado e jogado
fora a fotografia da criança. Que com isso, dizia ela, estava a fazer mal ao
seu filho e à sua alma.
Nós, que produzimos imagens como quem bebe água, mais não
somos que o agente intermédio entre o retratado e a sua imagem.
E por muito artísticos ou criativos que sejamos, devemos
sempre respeitar o objecto da imagem que produzimos. E saber interpretar a
cultura do retratado ou cliente, adoptando as suas preferências e tabus.
Infelizmente não é essa a atitude da maioria que possui câmara
fotográfica, trabalhe por dinheiro ou por prazer.
Voltando a usar um termo maldito, a ética fotográfica é tão
importante quanto a estética e a técnica.
By me
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