terça-feira, 17 de julho de 2018

Comunicação




Um dia senta-te no local onde existiu uma casa habitada por muito tempo.
Fecha os olhos e abre a mente, usando qualquer método que conheças ou aprendas.
E permite que a história do local fale contigo: sente as emoções boas e más, os gritos de paixão e de raiva, as lágrimas de alegria e de dor, as acusações e os perdões.
A matéria é recetiva à energia, guardando-a. As emoções emitem campos magnéticos, que mais não são que a passagem de energia e químicos entre neurónios.
Os locais, os sítios, as edificações, recebem e guardam isso e quanto mais antigos mais facilmente se sente a energia acumulada. E fácil de perceber isto é a diferença do que sentimos num templo antigo e muito frequentado e num templo recente com pouca frequência. O mesmo sucede com casas antigas ou nos locais onde muita gente esteve por muito tempo. E quanto mais pedra sólida estiver presente, mais isso se nota.
“Abrir a alma” ou permitir que sejamos receptores de energia é o mesmo. Basta que nos desbloqueemos dos nossos preconceitos e que reduzamos a nossa própria actividade mental a quase zero.
Há quem chame a isto “mística”. Eu chamo “comunicação”. E a comunicação não acontece se o receptor não estiver disposto a receber. Ou se não percerber o que recebe.



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