Foi há uns dias.
Estava no meu local de trabalho e tinha levado a minha
câmara reflex comigo. Haveria tempo e luz, depois de terminada a jornada, para
fazer uns “bonecos”. E deixei-a colocada em cima da mesa, ao lado da minha consola.
Entrou um colega, que me haveria de render no posto, e após
alguns dedos de conversa interessa-se pela câmara. “Esta é a tua máquina?”,
perguntou.
E, sem mais cerimónias, pegou nela e começou a observa-la e
espreitar pelo visor. Indo mais longe, ligou-a e testou a medição de luz, só
não conseguindo ajustar o foco porque em manual e a zoom porque travada. E ele
não sabia como o ultrapassar.
Não gostei! Nem um nico!
Tentei ser polido e responder às suas perguntas mas, assim
que tive oportunidade, retirei-lha das mãos.
Caramba! Um pedido teria tido uma resposta positiva. Mas
isto foi abuso.
Não sendo uma escova de dentes nem uma caneta de tinta
permanente, uma câmara fotográfica é um objecto pessoal, para além de uma
ferramenta. E, da mesma forma que não uso uma escova de dentes ou caneta de
aparo de terceiros, não gosto que mexam nas minhas câmaras. Pelo menos sem mo
perguntarem primeiro.
Da próxima vez que a situação se repita, não creio que seja
tão urbanamente delicado!
E não me venham dizer que tenho mau feitio, porque isso já eu
sei.
By me
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