sexta-feira, 6 de julho de 2018

Mau feitio




Foi há uns dias.
Estava no meu local de trabalho e tinha levado a minha câmara reflex comigo. Haveria tempo e luz, depois de terminada a jornada, para fazer uns “bonecos”. E deixei-a colocada em cima da mesa, ao lado da minha consola.
Entrou um colega, que me haveria de render no posto, e após alguns dedos de conversa interessa-se pela câmara. “Esta é a tua máquina?”, perguntou.
E, sem mais cerimónias, pegou nela e começou a observa-la e espreitar pelo visor. Indo mais longe, ligou-a e testou a medição de luz, só não conseguindo ajustar o foco porque em manual e a zoom porque travada. E ele não sabia como o ultrapassar.
Não gostei! Nem um nico!
Tentei ser polido e responder às suas perguntas mas, assim que tive oportunidade, retirei-lha das mãos.
Caramba! Um pedido teria tido uma resposta positiva. Mas isto foi abuso.
Não sendo uma escova de dentes nem uma caneta de tinta permanente, uma câmara fotográfica é um objecto pessoal, para além de uma ferramenta. E, da mesma forma que não uso uma escova de dentes ou caneta de aparo de terceiros, não gosto que mexam nas minhas câmaras. Pelo menos sem mo perguntarem primeiro.
Da próxima vez que a situação se repita, não creio que seja tão urbanamente delicado!
E não me venham dizer que tenho mau feitio, porque isso já eu sei.


By me

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