Olhar para uma
fotografia, seja ela qual for, é sempre um acto de falar com o passado.
Nem sempre
conseguimos entender o que de explícito aquela imagem queria ter: Quem é, onde é,
quando é, porque é, como é.
E esse é o
problema da fotografia: queremo-la contextualizada, queremo-la explícita,
queremos interpretá-la de imediato.
Raras vezes
deixamos que a nossa imaginação conceba o que lá não está: motivos ou emoções.
Quando olharem
para uma fotografia, daquelas que não fizeram e onde não reconhecem o que quer
que seja, saiam de dentro da vossa mente, da vossa memória, dos vossos
contextos e preconceitos.
E tentem “calçar
os sapatos” de quem a fez e de quem ou o que lá está representado.
Talvez que o
passado, breve como alguns segundos no caso da net ou tão longo quanto século e
meio, vos abra a mente para outros voos, outras vidas, outras vivências.
Uma fotografia é
como um livro: só nos conta o que lá está. O resto é vosso.
By me
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