Ainda
sobre o tal texto de um tal jornalista a propósito de aviões e fogos:
Do
mesmo modo que habitação, saúde, alimentação, também o direito ao disparate é
importante.
E
basta andar na rua, nos cafés ou nas redes sociais, para nos apercebermos da
quantidade de gente que faz questão de exercer esse direito.
E não
é por ouvirmos alguém num autocarro a dizer uma enormidade absurda que o vamos
crucificar em público, generalizando e fazendo dessa pessoa um exemplo de comportamento
ou do pensamento de quem tenha o seu aspecto ou ofício.
Deixem o
pobre homem em paz, que a senilidade não é característica única da idade e, tal
como a gadanha, leva todos por igual.
Quanto ao
resto, o exercício da opinião e a popularidade são, nalguns casos, como os
estupfacientes: à medida que o vício aumenta é necessária maior quantidade para
se obter satisfação.
E isto só
se resolve, e para além da força de vontade do próprio, com tratamento e severa
abstinência.
No caso em
questão, o que haverá de melhor a fazer é ignorar o que diz e/ou faz,
tratando-o como aos pobres de espírito.
Está nas
nossas mãos fazer com que alarvidades ditas em público sejam inconsequentes:
não alimentar audiências e deixar quem tal diz a falar sózinho.
By me
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