Por opção própria
não tenho carro. Nem mesmo carta de condução. Aliás, para ser mais rigoroso, nunca
conduzi um automóvel.
Opções tomadas que
me levaram, ao longo da vida, a conhecer e aprender muito mais do que se
andasse de carro, fechado que estaria no meu “sobretudo de lata”.
A alternativa,
claro, é o recurso aos transportes públicos: autocarros, comboios, aviões,
barcos e taxis.
Os aviões
risquei-os, faz tempo, da minha lista. Não aceito ser tratado indignamente
pelas autoridades.
O barco é pouco
frequente, já que é raro ter que cruzar o rio.
Comboios e
autocarros são o meu habitual, recorrendo a táxis quando a pressa é muita. Ou o
volume ou cansaço.
E sendo utilizador
de táxis desde há muito, já vou conhecendo alguns dos truques de os bem usar.
Felizmente que a classe de profissionais do volante tem vindo a ser renovada,
com a natural substituição dos mais antigos. E aquela ideia do “fogareiro” ou
do aldrabão nos trajectos ou tarifas começa a ser pouco certa. Mas acontece. De
quando em vez, lá sou vítima de esquemas novos.
Ontem foi mais uma
novidade.
Uma viagem curta,
com um valor de quatro euros. Pago com uma nota de dez euros. E o motorista
queixa-se da falta de notas de cinco, dizendo-me que terá que ser tudo em moedas.
Até aqui tudo normal.
O que já não é
normal é serem contadas, no banco da frente, um montão de moedas, sempre
acompanhadas com desculpas de falta de trocos. Mas um montão mesmo!
Quando as recebo
mal me cabem na mão, muitas mais que as da imagem.
O motorista,
tentando ser engraçadinho, diz que estão ali seis euros e que eu confirmasse.
Caramba! Já de
noite, com pressa, com a pouca luz de existe no interior de um carro, contar
mais de trinta moedas, variadas entre um euro, cinquenta cêntimos e, principalmente,
dez cêntimos? Quem o faz? Eu não o fiz!
Mas assegurei-lhe
que o iria fazer, metendo-as todas num bolso do casaco, ao invés do habitual
porta-moedas.
Hoje fui contá-las,
antes de sair de casa. Três euros e oitenta cêntimos. Nem mais um. Nem sequer um
arredondamento. Não gostei. Nem um nico!
Principalmente
porque, há coisa de duas semanas, fiquei com a impressão de me ter acontecido
algo de semelhante, ainda que as tivesse juntado ás que comigo trazia e não o tivesse
confirmado.
Este é um método
novo. Se contadas no táxi, seriam pedidas desculpas e o que falta seria entregue.
Assim… azar de quem não o contou!
Lamento não ter
fixado nem o trombil do fulano nem a referência da viatura. Teria sido,
garantido, ressarcido da quantia em falta.
Mas não mais serei
“apanhado” neste esquema. Ou bem que tenho notas mais pequenas, ou bem que é
tudo contadinho, ali no carro, mesmo que implique atrapalhar o trânsito e ouvir
(não seria a primeira vez) as buzinadelas de quem vê a rua obstruída.
Fica o alerta para
os incautos.
By me
1 comentário:
Desde que um desses espertos, que apanhei no aeroporto, aproveitando o meu jet lag, me deu menos 10 euros de troco, ainda não voltei a andar de táxi, já lá vão mais de 5 anos. Pensam que ganham...
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