Com
uma rapidez surpreendente e uma unanimidade rara, o parlamento português votou
e aprovou a ida do presidente da república às exéquias de Nelson Mandela.
Podemos,
naturalmente, questionar a representatividade de Cavaco Silva em relação ao
povo português. Em boa verdade, ainda que tenha ganho as últimas eleições para
o cargo com quase 53% dos votos validamente expressos, o certo é que apenas 23%
dos cidadãos eleitores votaram nele. Menos de um quarto.
Mas,
claro, e para além da questão da representatividade, há sempre o facto de
ocupar o cargo e de haver uma muito grande comunidade portuguesa na África do
Sul. E não “ficaria bem” se não ficássemos no retrato.
Por
outro lado, o porta-voz do Dalai Lama informou que este não tem planos para
comparecer nas cerimónias fúnebres.
Considerando
que tanto ele como o defunto são ou foram acérrimos defensores da paz, é
estranho.
Mas
já não será tanto se atentarmos que por duas vezes ele viu o seu visto de
entrada na África do Sul recusado.
Aparentemente,
o facto de ele representar as aspirações de independência do Tibete não é coisa
que agrade aos Chineses e estes terão feito as pressões diplomáticas quanto
baste.
O
mesmo governo Chinês que, apesar de ter apresentado protestos diplomáticos
aquando das duas visitas do Dalai Lama a Portugal, não se coibiu de fazer
avultados investimentos em Portugal, como seja a EDP, entre outras.
Claro
que as jogadas geo-políticas e as jogas económicas não têm comparação.
Consigo
imaginar, com a quantidade de altas individualidades mundiais que estarão
presentes, com ou sem políticas esconsas envolvidas, os esforços que os grupos
radicais armados destes mundo estão a fazer para também marcarem presença.
Ruidosa!
Que
pensaria Mandela, se a tudo isto assistisse?
Texto by me
Imagens algures da net
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