Cada
vez mais me questiono sobre a quase obrigatoriedade de se possuir uma conta
bancária.
No
relacionamento com o estado, no relacionamento com uma qualquer entidade
patronal, no relacionamento entre empresas… é quase que imprescindível possuir
uma conta bancária.
No
entanto possuir uma conta bancária é ter um contrato comercial com uma entidade
privada. Entidade essa que tem por objectivo lucrar com ela. Quer tenhamos a
conta para efectuar pagamentos, quer seja apenas para recebimento de um
qualquer salário ou “recibo verde”, ou mesmo para pagar ou receber reembolso de
impostos, tudo isso tem que passar por um banco. E isso é dar lucro a uma
empresa privada.
Quem
a não tiver tem dificuldade, na vida actual, em trabalhar e é olhado com
desconfiança pelos seus semelhantes.
Mas…
porque raio tenho eu que ser obrigado a relacionar-me com um banco? Porque é
que têm que existir terceiros ou intermediários naquilo que faço de privado?
Intermediários
esses que, e em face de uma alteração legislativa comunitária que estará na
forja para ser aplicada, passarão a cobrar ainda mais aos seus clientes
pequeninos. Àqueles que usam esses tais bancos para apenas receberem o seus salário.
E falo, neste caso, em eventuais comissões a serem cobradas por cada movimento
numa caixa Multibanco (ATMs).
Tal
como falo de uma lei em vigor desde 2012 em Espanha, que obriga a que
pagamentos (bens ou serviços) superiores a 2.500 euros sejam através de cartões
ou cheques.
Tal
como falo do cruzamento de dados automático entre o fisco e os bancos que
permite detectar disparidades de rendimentos.
Os
bancos – entidades privadas – para além de ficarem com os registos das
actividades privadas de cada cidadão, remetem-se agora para o papel de
fiscalizador estatal.
A
minha vida privada nada tem de extraordinário que mereça ser escrutinada. No
entanto é o que o próprio nome indica: privada. E gostaria que - melhor: quero
que assim se mantenha!
Cada
vez mais me apetece mandar estes controladores privados da vida privada às
urtigas. E não usar de uma entidade bancária p’ra coisa alguma.
Até
porque, e mesmo pondo de parte a questão da privacidade de cada um, basta
pensarmos no que tem sucedido nos últimos anos em termos económicos e sociais p’lo
mundo fora para constatarmos que os bancos estão sempre na raiz do problema.
E
enquanto o bicho viver a maleita mantêm-se!
By me
Sem comentários:
Enviar um comentário