Entro numa estação
de correios. Dos CTT. A tal empresa que conhecemos desde antes de nascermos e
que, eventualmente, transportou missivas apaixonadas. Nossas, dos nossos pais,
dos nossos avós…
Hoje os CTT são
uma empresa que quase que só por acaso trata de correio. As suas lojas, antigas
estações, procuram vender de tudo um pouco, incluindo uma técnica de venda de
lotaria medianamente agressiva.
Tentando ocupar o
anormal espaço de muitas dessas estações estão pequenos expositores ou, e para
além de artigos relativos a correspondência, estão brinquedos, telemóveis e
livros. Vários, muitos de “gosto duvidoso”, mas cuja classificação depende dos
gostos de quem os lê e do índice de ventas.
Nesta estação em particular,
um desses escaparates quase que obstrui o acesso à porta E nele, na prateleira
superior, de maior visibilidade o tema do dia: Nelson Mandela. Duas biografias,
de autores diferentes.
Ora batatas! O
homem ainda nem arrefeceu de todo, ainda há quem não saiba da sua morte e já há
quem, a milhares de quilómetros queira disso tirar partido e lucro!
Não fosse aquilo
que ali fui fazer impossível de fazer noutro local, e teria chamado o responsável
de loja, dito algumas das minhas, deixado escrito o que deles penso, e saído.
Em alternativa, fica
aqui o meu protesto lavrado: aconteceu na estação da rua Casal Ribeiro, em
Lisboa, a meio da tarde.
By me
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