Saiba-se
que, de todas as profissões, a de professor é a mais subversiva de todas. Principalmente
se for do ensino básico.
Porque,
e seja qual for o estrato sócio-económico do aluno, o professor faz com que ele
aprenda a pensar. E isso é perigoso. Tanto quanto o ler.
Que
pensar é algo que deve estar reservado à classe dirigente, à classe dominante.
Os
demais, os que produzem em regime de semi-escravidão, preocupados com a
sobrevivência do quotidiano, não podem saber pensar. Pois que se arriscam a pôr
em causa quem assim os controla.
Donde,
mais fácil que dominar todo um povo pela força, pela fome ou pela censura, há
que preparar os jovens de hoje – produtores amanhã – a seguirem ordens sem
pensar.
Para
que tal suceda, os próprios professores de hoje têm que estar bem mais
preocupados com a sua própria sobrevivência que com o futuro dos alunos,
ficando de fora, muito naturalmente, a aprendizagem do pensar.
A
classe dominante, essa, terá oportunidade de, em boas escolas – e pagas para
tal – preparar os seus próprios descendentes para assegurar a continuidade da
dominação.
E
não! Esta não é uma teoria da conspiração nem inventada agora, entre dois
cigarros.
No
passado não muito remoto foi posta em prática, lamentavelmente, por regimes
cuja única vantagem era a de não esconderem os seus desígnios. A única!
Bem
ao invés dos que agora governam por cá.
By me
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