sábado, 2 de março de 2013

O do carrasco




Se bem me recordo do que aprendi na escola algures no século passado, os carrascos usavam um capuz na cabeça quando executavam alguém. Quer fosse com forca, com machado ou com guilhotina.
Do que lembro, esse hábito prendia-se com o querer-se que o executor não tivesse cara definida, já que cumpria ordens de um tribunal, tivesse ou não o tribunal legitimidade para o fazer.
Na minha fantasia de jovem estudante, sempre imaginei que esse capuz era, na realidade, para esconder o desgosto que o carrasco teria em matar a sangue frio alguém, já que esse será dos actos mais bárbaros que se pode imaginar.
Constato agora o tamanho da minha ingenuidade.
Os carrascos de Portugal, sejam eles membros do governo, sejam eles membros da troika, são completamente inexpressivos, não mostrando nenhum tipo de sentimento quando matam ou mandam matar o país ou quem nele reside.
Quando os papeis se inverterem, a sério, creio que o capuz não será necessário.

By me 

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