Cumprimentei
hoje as pessoas que conhecia e com quem me cruzei com “Bom dia e bom feriado”.
Sorriam
com o comprimento do cumprimento, davam mais um ou dois passos, estacavam e
encaravam-me com o cenho franzido: “Hoje é feriado?”
Houve
quem afirmasse que, se era feriado, não estava a ganhar mais por estar a
trabalhar; houve quem dissesse que não se lembrava que hoje era feriado; houve
quem me perguntasse porque é que hoje é feriado.
Houve
alguns que tiveram a paciência (ou o azar) de me ouvir explicar o significado
de “feriado” como dia de festa e como os equinócios e solstícios têm sido
celebrado ao longo dos milénios.
Uns
sorriram, outros ficaram a pensar, outros ainda deram-me troco na conversa para
proveito mútuo.
O
interessante mesmo foram as pessoas a quem eu não me estava a dirigir, e isto
aconteceu em três cafés que, estando encostados ao balcão, ficaram bem para além
da duração da bica, a fazer de conta que estavam entretidos, mas a ouvir a
conversa. Ou, se preferirem, o meu discurso, meio histórico, meio sociológico,
meio político.
Juro
que me dá gozo fazer estas intervenções políticas e bem para além de partidos
ou correntes generalizadas, sempre com um “Azinho” na ponta e disfarçado. Que é
falando e ventilando ideias que se vão transformando mentalidades.
By me
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