#1 Também
as manifestações ditas “minoritárias” merecem destaque, mesmo que os media as
ignorem ou quase.
À
porta da residência oficial do primeiro-ministro, uns quatrocentos manifestantes
(contados usando o método divulgado pelo jornal Público à uns tempos – área +
densidade) fizeram ouvir a sua voz.
#2 Enquanto
se ouviam as palavras de ordem de protesto e repúdio contra o governo, a troika
e as medidas por ambos implementadas, havia que ali mesmo, paredes-meias,
tratasse do físico, enquanto ia vendo num ecrã uma corrida de motos.
#3 Pela
primeira vez desde que há uns muito largos meses, a chuva fez-se representar no
decurso de uma manifestação. Mas não foi suficiente para afastar os presentes.
#4 Não
apenas as vozes se fizeram ouvir. Para além das já clássicas buzinas, tachos, frigideiras,
púcaros e tampas marcaram presença. Umas bem marcadas pelo uso, suponho que em
situações semelhantes, outras com aspecto de serem estreantes nestas andanças.
#5 Tão
certo como o sol nascer todos os dias, também a polícia compareceu. Os visíveis
eram discretos e cordatos, mas lá atrás, longe das vistas, estavam preparados
para intervir em força.
Um
dos visíveis conheço eu de longa data, do jardim da Estrela. Começou por aí a
fazer patrulhas apeadas. E, se a memória me não falha, fez-se fotografar com a
minha câmara “Old Fashion”. Viemos a reencontramo-nos há uns tempos aqui mesmo,
junto à Assembleia da República, fazendo ele parte do cordão de segurança.
Agora continua, mas já pertence ao SIR, um daqueles grupos de intervenção rápida
que, por vezes, vemos p’la cidade. Não duvido de o voltar a encontrar, num
momento equivalente, dentro de uma sólida armadura e de capacete colocado.
Espero apenas que nos continuemos a cumprimentar com um cordial aperto de mão e
uma troca de banalidades sobre o que é e o que foi.
By me
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