sábado, 16 de março de 2013

15 Março 2013 - Residência oficial primeiro-ministro


#1 Também as manifestações ditas “minoritárias” merecem destaque, mesmo que os media as ignorem ou quase.
À porta da residência oficial do primeiro-ministro, uns quatrocentos manifestantes (contados usando o método divulgado pelo jornal Público à uns tempos – área + densidade) fizeram ouvir a sua voz. 


#2 Enquanto se ouviam as palavras de ordem de protesto e repúdio contra o governo, a troika e as medidas por ambos implementadas, havia que ali mesmo, paredes-meias, tratasse do físico, enquanto ia vendo num ecrã uma corrida de motos.


#3 Pela primeira vez desde que há uns muito largos meses, a chuva fez-se representar no decurso de uma manifestação. Mas não foi suficiente para afastar os presentes.


#4 Não apenas as vozes se fizeram ouvir. Para além das já clássicas buzinas, tachos, frigideiras, púcaros e tampas marcaram presença. Umas bem marcadas pelo uso, suponho que em situações semelhantes, outras com aspecto de serem estreantes nestas andanças.


#5 Tão certo como o sol nascer todos os dias, também a polícia compareceu. Os visíveis eram discretos e cordatos, mas lá atrás, longe das vistas, estavam preparados para intervir em força.
Um dos visíveis conheço eu de longa data, do jardim da Estrela. Começou por aí a fazer patrulhas apeadas. E, se a memória me não falha, fez-se fotografar com a minha câmara “Old Fashion”. Viemos a reencontramo-nos há uns tempos aqui mesmo, junto à Assembleia da República, fazendo ele parte do cordão de segurança. Agora continua, mas já pertence ao SIR, um daqueles grupos de intervenção rápida que, por vezes, vemos p’la cidade. Não duvido de o voltar a encontrar, num momento equivalente, dentro de uma sólida armadura e de capacete colocado. Espero apenas que nos continuemos a cumprimentar com um cordial aperto de mão e uma troca de banalidades sobre o que é e o que foi.

By me 

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