Leio
(por alto que não sou capaz de suportar tanto “eu”) o prefácio do livro do
nosso Presidente da República.
Recorda-me
uma situação de alguns pais e filhos pequenos, em que os primeiros avisam para
não por os dedos na ficha e, depois dos pequenos porem, dizem “eu avisei”,
continuando sentados. E quando os putos querem repetir a proeza dizem “olha que
te vais dar mal”, repetindo o “eu avisei” após o choque, continuando sentados.
Pergunto
para que queremos um sistema em que o único eleito directamente (os deputados são
eleitos de listas e podem mudar sem nos consultarem e os membros do governo não
são eleitos) não age, limitando-se a afazer anúncios e avisos inconsequentes?
É
que, convenhamos, para avisos e anúncios apocalípticos já nos basta os
analistas, comentadores e politólogos (seja lá isso o que for) que quase que
pagam (quase, porque fazem-se pagar e bem) para mostrar o seu enorme ego e
saber. Se bem que nada tenham feito que não seja criticar.
Quanto
a este, tem obra feita, sim senhor. Não me esqueço que aquele que nunca se
engana e raramente tem dúvidas (sic) foi um dos principais impulsionadores da
extinção do sector primário em Portugal (agricultura, pecuária e pescas).
Exactamente aquele sector que agora vem dizer que tem que ser reconstruído a
bem da economia e independência nacional.
O
presidente da República é a primeira figura do Estado. Este de que acabei de
falar.
A
segunda figura do Estado, que o substitui na sua ausência ou impossibilidade, é
o presidente da Assembleia da República. No caso, o cargo é ocupado por Assunção
Esteves, que está reformada do tribunal constitucional após dez anos de funções.
Tem uma reforma mensal equivalente a 15 salários mínimos nacionais.
Feche-se,
reforme-se ou revolucione-se isto. Começando por cima!
By me
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