Imaginemos
que pertencemos a uma irmandade cujo objectivo é ajudarmo-nos mutuamente.
Imaginemos
agora que precisamos e pedimos ajuda aos nossos “irmãos”.
Imaginemos
de seguida que a ajuda proposta é condicionada a deitarmo-nos à meia-noite e
levantarmo-nos às 4.30 todos os dias, limitarmos a nossa dieta a uma malga de
arroz cozido por dia, praticar sexo exclusivamente nos dias 31 de cada mês,
lermos todos os dias e integralmente o diário da república e o jornal o crime,
semanalmente apresentarmos um relatório sobre as falhas e incapacidades dos
nossos colegas e familiares e contribuirmos com dois terços dos nossos
rendimentos para a irmandade.
É
mais ou menos isto que está a acontecer com a intervenção externa em Portugal:
ajudam mas ditam despoticamente o que fazemos, como fazemos, quando fazemos e a
quem fazemos.
Haverá,
talvez, quem se venda por uma destas condicionantes. Quiçá por duas. Alguns,
raros, aceitarão três delas. Por mim…
O
meu preço é demasiadamente alto para as aceitar. Nem mesmo uma, quanto mais
todas!
Qual
é o teu preço?
By me
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