domingo, 17 de março de 2013

O preço de




Imaginemos que pertencemos a uma irmandade cujo objectivo é ajudarmo-nos mutuamente.
Imaginemos agora que precisamos e pedimos ajuda aos nossos “irmãos”.
Imaginemos de seguida que a ajuda proposta é condicionada a deitarmo-nos à meia-noite e levantarmo-nos às 4.30 todos os dias, limitarmos a nossa dieta a uma malga de arroz cozido por dia, praticar sexo exclusivamente nos dias 31 de cada mês, lermos todos os dias e integralmente o diário da república e o jornal o crime, semanalmente apresentarmos um relatório sobre as falhas e incapacidades dos nossos colegas e familiares e contribuirmos com dois terços dos nossos rendimentos para a irmandade.

É mais ou menos isto que está a acontecer com a intervenção externa em Portugal: ajudam mas ditam despoticamente o que fazemos, como fazemos, quando fazemos e a quem fazemos.
Haverá, talvez, quem se venda por uma destas condicionantes. Quiçá por duas. Alguns, raros, aceitarão três delas. Por mim…
O meu preço é demasiadamente alto para as aceitar. Nem mesmo uma, quanto mais todas!
Qual é o teu preço?


By me

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