Alguns são, muitos
diria eu, que olham para mim com ar estranho quando digo que, para sair de casa
às 5.20 da madrugada a caminho do trabalho, faço questão de acordar às 3.30.
Estas quase duas
horas são o que necessito para me pôr de bem comigo e com o mundo, fazendo
coisas de que gosto ou, como costumo dizer, enchendo o depósito de
boa-disposição, ficando assim com reserva para enfrentar tudo aquilo que de
menos bom me espera.
Essas coisas de
que gosto podem passar por escrever (com mais humor ou mais a sério, bem mais a
sério), ler um pedaço, acabar de ver um filme deixado em meio ou fazer ou
tratar fotografias. Coisas que me dão prazer, aquele prazer intelectual de que
necessito. De que todos necessitam, mas muitos não sabem.
Claro que preciso
de reforço. E posso garantir que não é uma chaveninha de café acabado de fazer e
deste tamanho que me chega.
Mas, às quatro da
manhã, uma câmara, um tripé, um flash e a janela aberta é quanto bastam para
fazer uma fotografia.
By me
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