domingo, 1 de fevereiro de 2015

Devaneios



Paro um pouco a observar o movimento das sombras, aguardando que a que quero fique como quero.
Afinal, fotografar é escrever com luz.
Por um pedaço, fico a pensar o curioso que é ver o movimento do sol na superfície da terra e como isso nos influencia. Depois…
Depois caio na real e penso que, na verdade, não é o sol que se movimenta mas antes a terra que gira sobre si própria. A uma velocidade vertiginosa, já nem sei bem quantos km por hora.
De seguida, penso no efeito da força centrífuga e de como eu não seroa capaz de segurar uma corda, de um metro que fosse, se tivesse na ponta uma pequena pedra e a rodasse a essa velocidade. Nem sei mesmo se a corda aguentaria.
Mas a minha mente foi ainda mais longe: Imaginou o que seria se a terra não tivesse um movimento de rotação. Se não houvesse uma força centrifuga que me mantivesse de pé.
E concluí que, se a terra não rodasse, talvez eu tivesse menos de meio metro de altura e o triplo ou quádruplo da força, para me aguentar erecto face à força de atracção gravitacional que o planeta terra exerce sobre o que lhe está próximo. Ou mesmo na superfície.
Quando acordei do devaneio, já a posição da terra tinha ultrapassado a posição que eu queria e a sombra já não estava como eu a queria.


By me

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