Paro um pouco a
observar o movimento das sombras, aguardando que a que quero fique como quero.
Afinal, fotografar
é escrever com luz.
Por um pedaço,
fico a pensar o curioso que é ver o movimento do sol na superfície da terra e
como isso nos influencia. Depois…
Depois caio na
real e penso que, na verdade, não é o sol que se movimenta mas antes a terra
que gira sobre si própria. A uma velocidade vertiginosa, já nem sei bem quantos
km por hora.
De seguida, penso
no efeito da força centrífuga e de como eu não seroa capaz de segurar uma
corda, de um metro que fosse, se tivesse na ponta uma pequena pedra e a rodasse
a essa velocidade. Nem sei mesmo se a corda aguentaria.
Mas a minha mente
foi ainda mais longe: Imaginou o que seria se a terra não tivesse um movimento
de rotação. Se não houvesse uma força centrifuga que me mantivesse de pé.
E concluí que, se
a terra não rodasse, talvez eu tivesse menos de meio metro de altura e o triplo
ou quádruplo da força, para me aguentar erecto face à força de atracção gravitacional
que o planeta terra exerce sobre o que lhe está próximo. Ou mesmo na
superfície.
Quando acordei do
devaneio, já a posição da terra tinha ultrapassado a posição que eu queria e a
sombra já não estava como eu a queria.
By me
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