É
sabido: eu gosto de provocar sorrisos nas pessoas.
E
é sabido porque o conto e porque o pratico.
Esses
sorrisos que provoco e vejo são-me tanto mais precisos quanto mais desconhecidos
forem os que sorrirem e quanto menos previsível for o motivo do sorriso.
Uma
das formas que tenho de provocar esses sorrisos que me alimentam a alma é, em
entrando numa loja e pedindo um artigo que me dizem não ter, eu responder: “Então
é fácil: não têm, não levo.”
Um
absurdo, naturalmente, aprendido na minha infância num livro de banda desenhada
em que o protagonista era o Pato Peninha.
Sempre
fui fã dele, dos seus absurdos e situações caricatas em que o víamos, bem como
das formas nem sempre ortodoxas que usava para delas sair. Tal como do Ferrão
da Rua Sésamo, que tive o privilégio de conhecer em primeira-mão. Mas isto são
outras estórias.
Certo
é que há pessoas que têm um sentido de humor mais pequeno que os tintins de uma
formiga anã. E quando se juntam várias no mesmo local, é de fugir.
Passa-se
isso numa tabacaria a cujo balcão passo com frequência: no supermercado que
frequento.
E
a tal ponto ignoram ali o que seja bom-humor, ironia, sarcasmo, absurdo
positivo, que evito a todo o custo ali consumir. Prefiro, em caso de
necessidade, fazer uma caminhada de vinte minutos no total e procurar um outro
local onde, mesmo que sem piadas, não veja caras carrancudas permanentemente.
Sou
um consumidor exigente: no que consumo e na forma como consumo.
Imagem: roubada da net
Texto: by me
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