Talvez que seja da
idade. Ou do tempo. Ou da teimosia. Ou da convicção, cada vez mais sólida, de
que tenho razão.
Mas dói-me até ao
tutano ver gente a gabar-se com fotografias que fez de gente desprotegida, sem
abrigo, incapaz de dizer sim ou não ou, ainda pior, que nem sequer soube que
lhe foi feita a fotografia.
Este total
desprezo pela opinião ou vontade de terceiros, este querer troféus à cintura a
qualquer preço, esta ausência de ética e de respeito pelos outros incomoda-me
ao limite.
Sempre gostaria de
saber qual a reacção que esta gente teria se fossem fotografados ou videografados,
com os novos drones pela janela de suas casas, na cama. Ou no banho. Ou… onde
quer que seja na intimidade do seu lar. Que a rua é o lar de muitos.
Um destes dias, e
usando um termo em voga, começo a tomar medidas radicais no relacionamento com
esta gente que assim desrespeita o seu semelhante.
Eu sei que decidi
que este domingo de Carnaval iria estar disfarçado de “pessoa com bom feitio”.
Mas ainda não saí para o corso.
E há coisas que me
fazem vomitar as tripas!
By me
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