Tenho-o referido
um bom número de vezes. Hoje voltei a recordar-me dele e volto a referi-lo:
O filme “Yi-Yi”,
de Edward Yang, prémio “Melhor filme”, Cannes, 2000.
Nada tem de novo,
portanto, um filme já com quinze anos bem medidos. Mas não deixe de ser muito
bom, em diversos aspectos:
O seu ritmo, as
coisas simples da vida, as relações sociais, a composição de imagem…
Sobre esta última,
gostaria de chamar a atenção para como num filme rodado em formato
convencional, se encontram tantos enquadramentos verticais, pese embora quase não
darmos por eles. O recurso a portas, esquinas, candeeiros, móveis, reduz a acção
a um rectângulo vertical, pese embora o total ser horizontal.
Estou em crer que
assim foi feito baseado na forma de escrita chinesa, que sabemos ser vertical.
E o filme fala-nos de episódios de vida na china…
E, não menos
importante, a presença ao longo de quase todo ele de uma câmara fotográfica (de
rolo) nas mãos de um garotinho. O que atrai um garoto para fazer fotografia e
que uso lhe dá? Recordo que o filme tem quinze anos e que o digital ainda não
imperava.
Fica um pedacinho
e a sugestão de o verem por inteiro.
Bem como a
proposta de pensarem no porquê de fotografarem.
By me
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