Quem quer que se
preocupe ou interesse sobre fotografia tem que se interessar sobre comunicação.
Que fotografia (ou imagem) é comunicação.
E é sabido que a
comunicação se faz usando de códigos. Uns mais explícitos, outros mais implícitos,
outros ainda muito subtis.
Claro está que há
quem seja especialista em os usar, tal como há especialistas em os descodificar.
Quer se trate de comunicação em suporte físico (escrita, pintura, escultura,
fotografia, cinema) quer se trate de comunicação corporal ou imaterial (música,
canto, bailado, gestual).
A própria
sociedade humana se baseia nos códigos de comunicação.
E um fotógrafo tem
que os conhecer, de um modo ou de outro, para deles se utilizar em prol do seu
mister.
Repare-se como as
figuras mais mediáticas do novel governo Grego (primeiro ministro e ministro
das finanças) se apresentam perante os seus iguais dos restantes países
europeus fugindo às convenções visuais no que respeita a traje: sem gravata,
colarinho desabotoado e, no caso do das finanças, sem usar camisa branca e com
ela sem estar metida nas calças. Indo mais longe ainda, o ministro das finanças
discursa perante os seus iguais com uma das mãos no bolso, numa atitude de
perfeita displicência.
Tudo isto são códigos
reais, são mensagens que são passadas aos seus congéneres, são indicações
claras do “não alinhamento” por políticas que condenam.
Do resultado dos
seus discursos e actuações internas e externas na governação da Grécia e no
relacionamento com o conjunto de credores, veremos no futuro.
O que não deixa dúvidas
é que a comunicação visual destes senhores não dá azo a segundas interpretações:
“Nós não somos como vocês”.
Imagem: de um televisor
Texto: by me
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