O
photocogitador observou que aqueles graffitis, novinhos em folha, ainda
poderiam dar azo a uma photocrónica. E foi-os photocopiando.
No
cimo das escadas, no piso térreo suburbano, três mocinhas aspirantes ainda a
mulher, observavam. E uma delas perguntou, desafiadora:
“O
senhor é photógrapho?”
O
photoirónico exibiu a sua ferramenta e retorquiu com cara séria:
“Com
isto na mão, dificilmente estarei a vender pneus!”
“Ah!
Ah! Ah!”, riram em coro. E a terceira do trio atirou:
“Então
tire-me uma photographia!”
“Está
bem”, disse o photocaçador. E fazendo ponto de mira, disparou a photoarma.
Olhando
para a culatra e depois para cima, desafiou:
“Pronto!
Podes vir ver!”
“Você
nem me photographou!”
“Anda
ver”, disse, exibindo o phototroféu.
Descendo
as escadas de três em três, a photocoquete perguntou:
“É
daquelas que sai logo?” E vendo-se pequenina mas colorida, acrescentou: ”Olha,
até fiquei gira!”
Lá
no cimo, onde tinha ficado, a photoinquiridora afirmou:
“Você
até é simpático!”
“Tem
dias”, respondeu o phototrabalhador, afastando-se em direcção ao vídeotrabalho
que o esperava, a 30km. “Tem dias!”
Já
sentado no comboio, o photoescrevinhador foi pensando:
“As
mais das vezes a importância de se ser photographado não está no resultado ou
na pose. Reside, antes sim, no facto de alguém lhe atribuir valor suficiente
para dele ou dela fazer uma photo.”
Quem
disse que provocar um sorriso ou alimentar o ego é difícil ou sai caro?
By me
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