Foi esta semana,
regressava eu a casa a meio da tarde, após uma jornada de trabalho.
O comboio, já
razoavelmente cheio, parecia o costume: uma filial da sede das Nações Unidas.
A meu lado um
cavalheiro, por volta dos quarenta, conversava ao telefone em Russo (talvez
Ucraniano, que não sei distinguir).
Do outro lado,
duas Cabo Verdianas novitas estavam em amena cavaqueira em criolo. Nem desconfio
o que diriam, mas iam divertidas.
No banco à minha
frente uma senhora ia lendo um livro. Pareceu-me ser em Romeno, mas não
asseguro coisa nenhuma.
Um pouco mais à
frente, uma casal pouco mais que adolescente ia conversando, ora rindo, ora discutindo.
Do que falavam não sei: nunca aprendi chinês, presumindo que seria essa a língua
nativa. O aspecto assim o indicava, mas poderiam ser Coreanos, Tailandeses ou
mesmo Japoneses.
O que aprendi com
este casal foi que a expressão “Daaaaaa”, em tom de desprezo, também se usa nas
línguas do oriente. Não sei é se de origem se por influências Lusas.
Mas também não será
importante. Tão pouco importante que, em desembarcando todos numa estação
intermédia para subir noutra composição, não lhes fui perguntar. Nem sei mesmo
se conseguiria falar com eles.
Que, na Linha de
Sintra, por vezes ouve-se falar Português.
By me
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