Por
vezes acontece assim: acordo de manhã e, querendo aqui deixar algo, não tenho
inspiração QB.
Nessas
ocasiões socorro-me de arquivos, procurando textos e fotografias já com uns
anitos e que o tempo não os tenha feito perder actualidade. Não importa o tema.
Foi
o caso de hoje mesmo.
Fui
encontrar um textinho publicado há dez anos, contendo a relação dos barcos
salva-vidas existentes na costa portuguesa em 1900, bem como as suas localizações.
Eram 18, bem como 9 carros porta-cabos e 6 espingardas lança-cabos.
Interessante,
principalmente se quisermos fazer uma comparação entre o esforço de então e o
esforço de hoje em função dos recursos e tecnologias disponíveis. No mar e no
resto da vida dos portugueses.
Estava
esse texto ilustrado com esta fotografia: o barco de socorros a náufragos “Alhandra”
pertencente aos respectivos bombeiros voluntários.
E
tanto o texto como a imagem remontam a 1943. O primeiro do livro “Aparelho e
manobra de navios” de João Brás de Oliveira e que consta aqui por casa, a
segunda recolhida da net, do site dos respectivos bombeiros.
Entendi
eu, olhando para os arquivos, que a fotografia está tecnicamente fracota. E
decidi ir recolhê-la de novo, quiçá dando-lhe algum tratamento que a melhorasse.
Impossível!
O
site, com o nome de então, já não existe e estive mais de meia hora “chafurdando”
em torno de motores de busca para a encontrar mas sem sucesso.
A
que aqui está exibida é a que recolhi então e que, mania minha, está arquivada
por aqui.
Sirva
isto de referência e alerta para todos os internautas. Tanto os que pesquisam como
os que colocam conteúdos.
Aquilo
que encontramos ou publicamos hoje pode já não estar disponível amanhã, mesmo
que seja relevante. O desinteresse dos donos das páginas, os negócios dos
servidores de espaços virtuais, as alterações de políticas ou muito
simplesmente os acidentes, fazem com que o arquivo virtual desapareça em menos
de nada.
Disponibilizar
ou usar o conhecimento virtual é isso mesmo: virtual. E se não houver o cuidado
de o guardar em local seguro, facilmente acontecem situações como a que
descrevi.
E,
garanto, um local seguro não é um site ou “a nuvem”, cuja conservação em nada depende
de nós.
By me
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