Ao
contrário de ontem, o dia hoje amanheceu cinzento. Não muito, mas o suficiente
para que o sol ficasse do outro lado das nuvens.
Tal
como ao, contrário de ontem, o dia começou com uma aragem fresca. Não fria de
tremer, mas o suficiente para que qualquer um pense que vir à varanda meio nu não
seja coisa que se recomende.
Apesar
disto, quedei-me um pouco mais do que seria de esperar.
Que
o silêncio natural do abrir do dia de um domingo num bairro suburbano era
alegremente cortado pela passarada que, de perto ou de longe, contava as
aventuras de véspera, chamava companheiros ou, muito simplesmente, celebrava o
facto de estar vivo.
Ontem
foi o dia da mulher. Em breve será o dia do pai. Depois será o dia da espiga. E
ainda o dia de, e de, e de…
Felizmente
que não há um dia do pássaro e que, todos os dias, eles fazem questão de nos
relembrar da sua existência.
O
dia amanheceu cinzento e fresco. E foi uma caneca de café quente que me
reconfortou o corpo. A alma, essa, ficou cheiinha com o que acontecia cá fora.
By me
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