domingo, 9 de março de 2014

Confortos



Ao contrário de ontem, o dia hoje amanheceu cinzento. Não muito, mas o suficiente para que o sol ficasse do outro lado das nuvens.
Tal como ao, contrário de ontem, o dia começou com uma aragem fresca. Não fria de tremer, mas o suficiente para que qualquer um pense que vir à varanda meio nu não seja coisa que se recomende.
Apesar disto, quedei-me um pouco mais do que seria de esperar.
Que o silêncio natural do abrir do dia de um domingo num bairro suburbano era alegremente cortado pela passarada que, de perto ou de longe, contava as aventuras de véspera, chamava companheiros ou, muito simplesmente, celebrava o facto de estar vivo.
Ontem foi o dia da mulher. Em breve será o dia do pai. Depois será o dia da espiga. E ainda o dia de, e de, e de…
Felizmente que não há um dia do pássaro e que, todos os dias, eles fazem questão de nos relembrar da sua existência.

O dia amanheceu cinzento e fresco. E foi uma caneca de café quente que me reconfortou o corpo. A alma, essa, ficou cheiinha com o que acontecia cá fora.

By me 

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