Conheci
uma veneranda senhora que foi tradutora simultânea durante o julgamento de
Nuremberg.
Senti-me
particularmente pequenino, ao saber o que ela tinha vivido e os horrores que
tinha sido levada a traduzir e repetir.
Contou-me
ela que, anos depois, fugira da Alemanha Democrática, ou de Leste. Vivia na
cidade de Dresen e não suportava as actividades da polícia política Russa,
conhecida por KGB, naquela cidade.
E
acrescentou que essa polícia era localmente chefiada por Vladimir Putin, o
mesmo que hoje chefia o governo na Rússia.
Chamam
a esse país e governo, alguns por cá, de esquerda. E tomam o seu partido na
questão ucraniana. Em oposição aos que exibem suásticas e saúdam de mão
esticada e braço erguido. A que chamam de fascistas ou nazis.
Tivessem
esses mesmos, que assim tomam posição, bem como os que se colocam do outro lado
da barricada ideológica, andado a fugir aos bufos e agentes de uma qualquer polícia
política (alemã, russa, portuguesa, espanhola, chinesa, argentina…) e estou
certo que não defenderiam nenhum dos lados tão levianamente.
Não
defendo nem apoio nenhum regime, mesmo que em versão “ligth”, que limite a
liberdade de agir ou de pensar. E que persiga com polícias quem faça ou pense
de outra forma que não a do poder instituído.
Seja
ele de esquerda, de centro ou de direita, cristão, judaico ou islâmico,
terceiro-mundista ou o que quer que seja.
E,
já agora, os chamados “liberais” não são melhores. Só que, no lugar de perseguirem,
educam. Formatando o pensamento de pequenino ao invés de o censurarem.
By me
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