Suspeito
que não entenderão a importância desta fotografia.
Pouca
importância terá, de facto, se começar por dizer que se trata de uma imagem
recusada. Uma fotografia que eu, e o meu sócio, recusámos de entre as que fizemos
como mesmo objectivo.
Mas
se vos disser que a fotografia que não foi recusada, e que foi entregue ao
cliente, foi a primeira publicitária que fiz… aí, talvez, tenha outro valor.
Fotografada
em diapositivo de nove por doze centímetros (4x5) se preferirem, usando uma câmara
emprestada, com chassis e objectiva emprestados também, o conceito era, a
pedido do cliente, que um mesmo produto existia sob a forma de cápsula,
comprimidos e injectável. Para um laboratório farmacêutico, naturalmente.
Agora,
e para além de toda a nossa muito pequena experiência com este tipo de
equipamento, imaginem a dificuldade em manusear e colocar na posição exacta
todo o conteúdo, de forma a estar visível a marca e sem que os revestimentos derretessem
sob o calor mais que intenso de 2000 watts da iluminação. Para já não falar da
ausência de ventilação da cave que tanto servia de estúdio como de laboratório.
Se
bem me recordo, foram umas três ou quatro horas que gastámos com esta imagem. Há
trinta e tal anos, quando o digital mais não era o da impressão do dedo.
O
que faz ali o diabo da caneta bic? Só para servir de escala e tenham uma ideia
do tamanho do diapositivo que a câmara usava.
By me
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