A
ideia era suficientemente louca para ter resultado. Aliás, cheguei a pô-la em
prática, ainda que de um modo improvisado, e o feed-back foi mais que
satisfatório.
Construir
um banco óptico, baseado num tubo de comprimento variável e lupas,
aparentemente convencionais, para levar os alunos ou formandos, através de uma
actividade lúdica, ao entendimento e conhecimento prático do funcionamento das
objectivas. Leis da refracção, distâncias focais, ângulos de visão, foco…
Nas
experiências que fiz, e com adultos, mais de hora e meia de prática e
brincadeira, levou-os a facilmente entenderem o abstracto dos trajectos da luz
através das lentes e objectivas e, mais importante ainda, dar-lhes uma base de
conhecimentos para os jogos de perspectiva.
Sendo
que foi uma solução de recurso e que usei o que possuía, faltou-me a
possibilidade de usar esse mesmo banco óptico acoplado a uma câmara de vídeo.
Teria sido ouro sobre azul, já que aquele exercício terminaria com a aplicação
prática.
O
projecto, provada que foi a sua eficácia, passaria pela construção das peças,
mandadas fazer num bom torneiro mecânico, adaptadas às lentes com as suas
potências estudadas. Cinco conjuntos completos, para serem manuseados por
grupos de quatro a cinco alunos.
Nunca
viu a luz do dia!
Para
além do custo óbvio do que haveria que mandar fazer, o facto de, em termos de
fotografia, apenas as câmaras Pentax (já na era do digital) se adaptarem a esta
prática. E seria utópico impor numa escola ou centro de formação que possuíssem
equipamento desta marca, quando toda a publicidade e mercado acontecem em torno
de outras.
Por
este e outros motivos me mantenho fiel à Pentax, ainda que em contra-ciclo com
profissionais e aspirantes a tal. Que a qualidade de uma marca ou produto não
se mede apenas nas especificações técnicas do fabricante mas também, e
principalmente, em ser capaz de satisfazer as necessidades de utilização de
quem as possui.
Manias!
By me
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