Este
é um dos motivos, entre outros, pelo qual entendo que a democracia é um sistema
de gestão da coisa pública que não presta.
Desde
que a actual maioria parlamentar tomou posse, e com ela o governo liderado por
Pedro Passos Coelho, que as vozes a exigir a sua demissão têm sido mais que
muitas. Coelho, Portas, Relvas, Gaspar, Crato… os nomes não faltam.
De
todos estes, dois demitiram-se. Consta que um, Relvas, terá sido avisado para
adiar o seu casamento enquanto estava no cargo. Demitiu-se pouco depois. Consta,
igualmente, que Gaspar terá sido insultado e cuspido num supermercado.
Demitiu-se dias depois.
Mas
mais nada aconteceu a estes dois ex-membros do governo. Nem a todos os que
integraram os governos anteriores.
O
exercício de cargo político é sempre inimputável, é sempre alheio a punições
posteriores se os seus actos forem prejudiciais ao país e alheios à vontade do
povo. E sabemos que têm sido. O actual e os anteriores.
A
democracia não é um bom sistema. Trata-se, sempre, de fazer valer a vontade da
maioria sobre a vontade da minoria. E sabemos que, ao longo da história de que
há documentos, tem sido o menos mau.
Mas
este sistema em que os eleitos uma vez afastados não respondem pelos seus actos,
torna tudo pior.
Tal
como o sistema vigente, em que os cidadãos, por lei, apenas se podem pronunciar
e agir sobre o que é público aquando de eleições. Fora delas, fica restrito aos
eleitos o tomar decisões sobre o público e o país.
Este
não é meu sistema nem me vejo nele representado. Sou obrigado a participar,
tornando-me conivente, porque a alternativa é deixar os demais decidirem por
mim e sobre mim. E isso não deixo! Mas não é a sociedade que entendo por
minimamente justa e igualitária.
Enquanto
puder, continuarei a miná-la. Por dentro e por fora.
Nunca
“até à vitória final”, porque isso significaria a estagnação da sociedade. E
ela deve ser dinâmica e evolutiva. Que a evolução é parte integrante do
universo.
Mas
isto que vivemos não é o que quero e contra isto agirei!
By me
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