Perante
a existência de lei, só há três caminhos:
Ou
bem que ela é cumprida, ou bem que é abolida ou bem que é mudada.
A
opção de infringir a lei acaba por ser um absurdo, já que infringir as normas
mais não é que provocar mais confusão que a que já existe. A menos que a infracção
da lei tenha como objectivo a sua mudança ou abolição, já que a lei, por si
mesma, não se altera nem extingue. E quem as faz é, notoriamente, autista
perante mudanças ou extinções de lei que não as que lhes convém.
Claro
que os advogados deliram com os que a infringem e abominam as outras três
alternativas. Afinal, eles vivem de saber como usar a lei. Ou de a contornar.
No
próximo dia 29 de Setembro acontecerá um acto eleitoral. Diz a lei que todos se
devem abster de promover este ou aquele candidato ou lista de candidatos no dia
e na véspera de eleições. Este último é, supostamente, o dia de reflexão, em
que os cidadãos devem ponderar todos os argumentos que ouviram e tomar as suas
próprias decisões.
Até
tenho que concordar, que tomar decisões sobre o futuro do país (ou da freguesia
ou do município) não é coisa que deva fazer de ânimo leve. Nem sob pressões,
seja de que género for.
Assim,
recomendo que vão, desde já, pensando como irão votar, se o forem, dia 29. E
que usem o dia 28 para aprofundar esses pensamentos.
Mas
comecem a pensar já hoje, que um dia só é pouco para tudo o que há que levar em
consideração:
O
que aconteceu por cá nos últimos quinze ou vinte anos, que pessoas ou partidos
estiveram na origem do que aconteceu, que pessoas ou partidos se candidatam na
vossa zona, que ligações têm cada um deles com esses acontecimentos, que ideias
apresentam e alinhadas com que formações partidárias, mesmo que ditos “independentes”…
O
problema da maioria das formações partidárias, nos tempos que correm, é que não
defendem ideias de sociedade: defendem “remendos” sobre o que tem sido,
prometendo manter o actual estado de coisas, mesmo que com outras roupagens.
Donde:
Os
que estão satisfeitos com o actual estado de coisas (no país ou na sua
autarquia) optem pela continuidade, pela manutenção do rumo que temos;
Os
que não estão satisfeitos tenham a coragem, ao menos uma vez, de fazer mudanças
sérias, batendo a porta a dois ou três decénios de afundanço nacional e local.
Em
jeito de conclusão, sempre vos digo que o Pai Natal não existe!
By me
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