Podia
contar aqui uma história bonita, cheia de rococós e alusões fotográficas.
Não
o farei.
É
daqueles episódios que me não apetece embelezar.
Há
uns tempos soube de alguém que tinha perdido uma tampa de uma objectiva fotográfica.
E que vivia onde elas não se vendem.
Via
net propus enviar-lhe daqui de onde resido uma equivalente, que bem entendi a
tristeza. E, em troca, pedi que me enviasse algo típico da zona onde essa
pessoa reside, que não conheço.
O
acordo foi aceite, eu procurei, encontrei e enviei a tal tampa. E até hoje
estou à espera da contrapartida.
Não
estou nem um pingo arrependido do que fiz e, em iguais circunstâncias,
repeti-lo-ei.
Mas
acho alguma graça que essa pessoa, que até faz questão de apregoar aos quatro
ventos ideias igualitárias e fraternas, não cumprir a sua parte de um acordo tão
simples e descomprometido.
Mas
talvez um dia, quem sabe, esteja eu triste por ter perdido uma qualquer tampa e
alguém, a troco de coisa alguma, ma faça chegar às mãos.
Que
a vida é, as mais das vezes, redonda como uma tampa de objectiva.
By me
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