O
tempo é dividido em diversas unidades: anos, luas, horas, segundos, milénios…
Profissionalmente,
o meu divide-se em 1/25 do segundo. É quanto dura cada imagem que
transmito.
25
imagens por segundo! 1500 imagens por minuto! 90.000 imagens por hora!
Este
é o meu ritmo de trabalho.
Com
esta quantidade de opções por unidade de tempo, não tenho grande oportunidade
de me preocupar com formalidades e graus de tratamentos inter-pessoais.
Divido
os meus relacionamentos em dois grupos: os companheiros de trabalho, seja qual
for a sua função ou idades e os convidados, externos à empresa, que temos em
frente das câmaras.
Para
com os primeiros, tenho um tratamento por “tu”. Igualitário! Fraternal!
Indiferenciado! Seja qual for a sua posição na enorme pirâmide hierárquica que
por lá existe.
Para
com os convidados tenho um tratamento na terceira pessoa, por “você”. Entram
como convidados, saem como conhecidos, mas são convidados, a quem há que tratar
com a deferência que alguma cerimónia impõe.
Há
ainda uma terceira abordagem: o tratamento por “você” para com as pessoas com
quero assumidamente ter uma tratamento à distância, com quem não quero ter
intimidades. Se levar as coisas ao limite e quiser ser mesmo insultuoso,
tratarei por “Vossa Excelência”.
Goste-se
ou não, nascemos da mesma forma e acabaremos do mesmo jeito. E não tenho tempo
nem paciência para discriminações de idade, posto laboral, categoria social ou
classificação honorífica.
Nota
extra: para os que acham que são necessários equipamentos extraordinários para
fotografar, sempre vos digo que para esta imagem bastou uma velha objectiva de
28mm, um velho tubo de extensão de 50mm, um velho tripé e um velho candeeiro de
estirador. Tal como vem nos livros. Os velhos. Ah, é verdade: e uma câmara que
trabalhe com equipamento velho.
Quanto
ao resto, é uma questão de tempo e paciência, que para isto tenho sempre de boa
vontade.
By me
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